08 out Programa de Eficiência Energética
O entendimento é que a cadeia que envolve a utilização de energia elétrica desde sua produção até seu uso final (englobando transmissão, distribuição, armazenagem, entre outros) é responsável por alguns dos maiores desafios relacionado aos problemas ambientais.
O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), trata de saneamento, sustentabilidade e energia elétrica com a mesma eficiência.
Desde 2017 a Autarquia conta com um software de Monitoramento de Energia Elétrica (SMEE), que faz o monitoramento (leituras e envios de dados em tempo real) das medições de energia elétrica dos 17 setores ligados em média tensão, tais como Estações de Tratamento de Água (ETA’s), Captação de Água Bruta (ECA’s), Centros de Reservação (CR’s) e Estação de Tratamento de Esgotos (ETE)).
Quando a questão é o uso racional e economia da água, é necessário estabelecer um novo tipo de relacionamento com as fontes de energia, buscando sempre produzir gastando a menor quantidade de energia possível, utilizando-se, assim, de cada vez menos recursos naturais. O objetivo deve ser sempre consumir menos sem detrimento ao desenvolvimento, o que acaba gerando vantagens como custos menores e desaceleração do esgotamento dos recursos naturais.
Segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2017 da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) foram consumidos no Brasil, em 2016, 460.829 GWh de energia elétrica. De acordo com o SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (BRASIL, 2018), os serviços de saneamento foram responsáveis pelo consumo de aproximadamente 11.800 TWh neste mesmo ano, representando 2,56% de toda a energia elétrica demandada no Brasil. Considerando as crises hídricas que temos enfrentado e o constante crescimento das cidades apontado pelos dados históricos do SNIS com uma tendência crescente de consumo energético, percebe-se o quão importante é para o setor do saneamento buscar medidas que tornem os sistemas mais eficientes do ponto de vista energético.
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Eficiência Energética
Os setores correspondem a aproximadamente 90% (noventa por cento) dos gastos com energia elétrica do SAAE, os 10% (dez por cento) restante são 53 setores ligados em baixa tensão.
O SMEE consiste em equipamentos (gateway) ligados em paralelo aos medidores da CPFL (Companhia Piratininga de Força e Luz), fazendo medições em tempo real de consumo de energia elétrica, demanda consumida e consumo de energia reativa. Esses dados são coletados pelos gateways e enviados via GPRS (comunicação via pacote de celular) para o software, onde o mesmo recebe esses dados e os armazena em um banco. Criando assim um banco de dados que nos permite fazer simulações de como podemos alterar os contratos mais assertivamente. O software também monitora se algum setor está consumindo reativo que são passiveis de multa, quando ocorrido o próprio sistema alarma e informa quantos capacitores e seus valores para serem instalados para correção do consumo reativo evitando o pagamento de multas.
Em meados de 2018 com um banco de dados mais completo e um melhor entendimento do funcionamento dos sistemas individualmente, conseguimos verificar que alguns setores do SAAE poderiam ser enquadrados em melhores contrato, mudando suas demandas contratados e seus sistemas contratados, possibilitando alcançar economia considerável.