
20 jul Saae alerta para despejo de objetos na rede de esgoto que causam vazamentos e poluem os cursos d’água
- Redatores: Renata Coutinho – DCS Saae
- Release N.º: 912

Na última terça-feira (4) um entupimento na rede de coleta do Jardim Colonial causou um vazamento de esgoto, que caiu na galeria pluvial e o levou até o córrego do Barnabé, causando a mortandade de peixes.
Assim que o Saae teve conhecimento do despejo, foi ao local, localizou o vazamento e realizou o conserto. Nem sempre a localização do vazamento é rápida, pois é preciso rastrear todas as redes próximas.
O entupimento foi causado pelo lixo que é jogado pela população nos vasos sanitários, ralos e pias que sai das casas.
O descarte de lixo na rede de esgoto faz com que aconteçam cerca de 3.036 obstruções por ano na tubulação do sistema de coleta de Indaiatuba. O que muita gente nem desconfia é que um simples fio de cabelo que desce pelo ralo pode contribuir para o entupimento de um cano. Esse efluente que vaza polui o lençol freático e os corpos hídricos.
Normalmente quando a população vê um vazamento de esgoto, acha que o problema é apenas do Saae, porém a autarquia realiza constantemente a limpeza das tubulações que deveriam receber apenas os esgotos dos imóveis, porém é comum os funcionários encontrarem preservativos, fraldas, bitucas de cigarro, absorventes, chinelos, tecidos, embalagens plásticas, cabelo e fio dental.
A água que vem dos imóveis, segue para a rede coletora das ruas que o fluxo para a Estação de Tratamento de Esgotos Mario Araldo Candello, no Distrito Industrial, que faze o trabalho de remover os resíduos sólidos.
A princípio, essa água não deveria ter resíduos sólidos, mas não é isso o que ocorre. Por dia, a ETE recolhe cerca de 840 quilos de lixo, ao ano são mais de 300 toneladas.
O óleo é um dos grandes vilões do sistema, pois se junta a outros materiais sólidos e forma uma crosta nas rede coletora. Restos de fio dental e cabelos, por exemplo, juntam-se ao óleo de cozinha e formam uma massa dura, similar a uma pedra, que bloqueia a passagem do esgoto.
A “estopa” formada nos filtros das máquinas de lavar também são um grande problema. Quando esse filtro é limpo, o resíduo de tecido que deveria ser jogado no lixo, é jogado nos ralos, e colabora muito para que sejam formadas massas de sujeira na rede.
Objetos grandes, como móveis, pneu, pedaços de madeira, pedras e garrafas plásticas, acabam entrando na rede pelos PVs (poços de visita). Muitas pessoas acabam abrindo esses PVs para jogar lixos de maior volume.
Outro problema é a interligação dos ralos dos quintais na rede coletora de esgoto, quando na verdade deveria estar ligada na rede de águas pluviais. Quando chove, essa água, que deveria seguir pelo sistema de drenagem, entra pela tubulação de esgoto elevando o volume de água na tubulação causando vazamentos e transbordamentos.
PREJUÍZO
Além dos prejuízos causados ao meio ambiente, o volume de lixo que chega na ETE causa um prejuízo financeiro de R$ 200 mil por ano à autarquia, na troca do conjunto de aeração.
A conscientização das pessoas é o único caminho para acabar com esses problemas. Não se deve jogar nada nos vasos sanitários, ralos e pias.
Indaiatuba possui uma usina de Biodiesel que transforma o óleo vegetal e gordura animal usados, em um combustível limpo que não polui o meio ambiente e a atmosfera. A população deve separar o óleo usado em garrafas pet e levar até um dos 33 Ecopontos distribuídos pela cidade, que estão aptos para coletar não só o óleo, mas todos os recicláveis.
“O Saae presta um excelente serviço para a cidade, e é importante que a população tenha ciência de seus deveres também, porque juntos podemos cuidar do bem estar de todos”, encerrou o superintendente do Saae, Sandro Coral.